13 setembro 2015

Política Equivocada Produz Êxodo Gigantesco


Centenas de refugiados são barrados em estação ferroviária na Hungria



Há cerca de cinco anos, a chanceler alemã, Ângela Merkel, fazia um duro discurso em seu país, quando se discutia sobre os imigrantes muçulmanos que não estavam se adaptando à sociedade germânica. A sua fala, como um tufão violento, varreu o mundo. Disse ela, naquela ocasião: A tentativa da Alemanha de criar uma sociedade multicultural fracassou!”. Talvez, a afirmação da primeira mandatária tenha sido para agradar ao partido democrata cristão (CDU) que, em momento crítico, exercia intensa pressão por uma posição mais dura contra os imigrantes.

Da União Europeia, especialmente os Alemães já vinham demonstrando insatisfação com a não assimilação dos imigrantes aos ditames da cultura alemã. Tanto é, que solicitaram das autoridades que “delineassem políticas severas de combate à tentativa de matar a cultura alemã. […] No país que foi palco de umas das maiores demonstrações de desrespeito às culturas diferentes (aqui falamos do Holocausto), as declarações da primeira ministra soaram como xenófobas” (vide link)

Naquela época (agosto de 2010), o renomado economista alemão, Thilo Sarrazim, ministro das finanças de Berlim, já redigia artigos detalhando as consequências da Islamização da Alemanha e do resto da Europa. (Vide Link)

O atual presidente da Hungria (porta de entrada dos imigrantes), Viktor Orbán, disse recentemente: “O que está em jogo é a Europa, o estilo de vida dos cidadãos europeus, valores europeus, a sobrevivência ou desaparecimento das nações européias e, mais precisamente, sua transformação a ponto de não a reconhecermos. Hoje, a questão não é meramente em que espécie de Europa nós gostaríamos de viver e sim tudo o que entendemos como Europa irá sequer existir”. (Vide Link)

Setores da imprensa mundial acham que a Europa está colhendo o que plantou. A RBA (Rede Brasil Atual) em um artigo publicado em seu site há oito dias, de modo sucinto, explica por que a Europa, de certa forma é responsável pela maior crise humanitária que se abate sobre o mundo:

Não tivessem ajudado a invadir, destruir, vilipendiar, países como o Iraque, a Líbia e a Síria; não tivessem equipado com armas e veículos, por meio de suas agências de espionagem, os terroristas que deram origem ao Estado Islâmico, para que estes combatessem Kadafi e Bashar Al Assad, não tivessem ajudado a criar o gigantesco engodo da Primavera Árabe, prometendo paz, liberdade e prosperidade, a quem depois só se deu fome, destruição e guerra, estupros, doenças e morte nas areias do deserto, entre as pedras das montanhas, no profundo e escuro túmulo das águas do Mediterrâneo, a Europa não estaria, agora, às voltas com a maior crise humanitária deste século, só comparável, na história recente, aos grandes deslocamentos humanos que ocorreram na Segunda Guerra Mundial.
Depois que os imigrantes forem distribuídos, e se incrustarem em guetos , ou forem – ao menos parte deles – integrados em longo e doloroso processo, que deverá durar décadas, aos países que os acolheram, a Europa nunca mais será a mesma.” (Vide Link)

Quem diria que Ângela Merkel, depois de ter há cinco anos vaticinado o fim do multiculturalismo, hoje, nadando contra a maré de medo que abala grande parte da Europa(que já está sendo chamada de Eurábia) estaria com toda a garra defendendo a integração dos refugiados do mundo islâmico em seus domínios? Em que pese o protesto da direita alemã, ela não titubeou ao afirmar que a grande massa de imigrantes mudará o país.
Os Sírios, já apelidaram a mandatária alemã de “mamãe Merkel”. Por ora, os refugiados, em solo alemão, inundam as redes sociais com mensagens de amor à chanceler. Só não sei o que acontecerá depois da euforia inicial. (Vide Link)



Por Levi B. Santos
Guarabira, 13 de setembro de 2015


Site da Imagem: cartacapital.com.br



Um comentário:

RODRIGO PHANARDZIS ANCORA DA LUZ disse...

De fato, o intervencionismo para tirar proveito econômico de outros povos contribuiu para a vinda de imigrantes nos séculos XX e XXI sendo que o problema atual se agrava com a guerra na Síria gerada pelo EI. Este não teria se fortalecido sem o fim do regime de Saddam. George W. Bush foi bem imprudente ao atacar aquele país em 2003, coisa que seu pai, em 1991, recusou fazer quando limitou a ação militar apenas para libertar o Kwait e impor um controle sobre p Iraque. Particularmente, não sou contra missões militares de paz, mas sou contra o colonialismo e as guerras de ataque como a de 2003. Agora o mundo sofre as consequência de uma loucura dos USA e Reino Unido. Só nos resta uma ação a fazer que é o amor e talvez o problema exija nova intervenção terrestre dessa vez para livrar Iraque e Síria do terror.